quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Dom de Voar

Larguei a bacia cheia de roupas secas, recém recolhidas do varal no chão a fim de poder me concentrar completamente num ponto prateado que rasgava o céu deixando um rastro branco: era um avião. Sempre faço isto, sempre me fascinou ver toneladas de ferro rígido atravessar os ares levando cem, duzentas histórias de vida, milhares de anos de evolução, trabalho e tecnologia: É um milagre. Lá vai ele, não bate as asas, mas faz bater meu coração. Quando já vai bem longe, parece só um ponto. Não tem rastro, não se move mais. Mas ainda é o avião. Por fim desaparece e fico com a vívida lembranças das leituras que fiz do "Dom de Voar", do excelente autor Richard Bach, e desejando muito saber por que, Santos Dumont, por quê?

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