Escrevi este poema para o homem cuja morte mais chorei em minha vida, para meu grande amor:
Saudades de Drummmond
A saudade, qual monótona canção de araponga,
Dói/ rói/ mói/ sói...
Ao martelar na minha mente que não voltas mais.
Mineiro,
Boiadeiro,
Engenheiro,
Jardineiro.
Cavou,
Conduziu,
Construiu,
Cultivou novas palavras (e tornou outras mais belas),
Trago tua orquídea de fogo e lágrimas sempre junto à lapela.
Descansa, dorme em paz, meu bom amigo.
O sono dos justos, dos mestres, dos profetas.
O sono dos puros, dos faustos, dos poetas.
Repousa, amigo meu, ousa,
Que mesmo o teu silêncio de agora
É loquaz e pertinente à lousa
Coerência louca da única certeza da vida: a morte.
E nesta tua peremptória ausência
Minha assaz e contumaz carência i’nda se inspira
Nos eternos ecos e sublimes arcanos
Advindos do vibrar da tua lira.
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